LANÇADO EM MAPUTO O RELATÓRIO DE PESQUISA DA WLSA MOÇAMBIQUE SOBRE O IMPACTO DO COVID-19 NAS TRABALHADORAS DOS MERCADOS INFORMAIS

Realizou-se, no dia 6 de Abril de 2021, o lançamento virtual do relatório de pesquisa da WLSA Moçambique “Desigualdades e resistência em tempos de pandemia. Impactos da Covid-19 nas mulheres do mercado informal, Maputo”, que contou com o apoio do Programa WVL-Aliadas.

Em parceria com o programa WVL-ALIADAS, e no contexto da Plataforma Mulheres ComVida, cujos objectivos de criação se centram à volta da reflexão, prevenção e mitigação dos efeitos da Covid-19 sobre as mulheres e raparigas, a WLSA Moçambique realizou um estudo cujos objectivos se centraram em identificar no contexto mundial, regional e nacional quais são as estratégias e as políticas públicas relativamente à caracterização da situação das raparigas e mulheres; analisar o conteúdo dos media nacionais sobre o COVID-19, com destaque para as representações sobre o papel social das mulheres e o exercício de direitos neste contexto e analisar as narrativas e discursos das organizações da sociedade civil e instituições de pesquisa, tanto as que têm como foco os direitos humanos, como as que definem como objecto a promoção da igualdade de género.

O evento teve como objectivo dar formalmente a conhecer aos demais interessados e não só, a existência deste material, bem como contribuir para informar as diferentes estratégias de intervenção das organizações da sociedade civil e as políticas públicas do Governo.

Para além da equipa da WLSA Moçambique, incluindo os investigadores da pesquisa, o evento contou com a participação de organizações da sociedade civil, sobretudo organizações de mulheres, parceiras da WLSA Moçambique e do WVL-ALIADAS, membros da Plataforma Mulheres ComVida, activistas de direitos humanos das mulheres, instituições do Governo, parceiros de cooperação internacional, entre outros. Ana Cristina Monteiro, Presidente da Mesa de Assembleia da WLSA Moçambique, fez a abertura da sessão, ao que se seguiu um pequeno enquadramento da Plataforma Mulheres Comvida pela Directora Executiva do CESC, Paula Monjane. Lindsey Partridge, Directora Adjunta de Cooperação – Canadá, partilhou também algumas palavras, ao que se seguiu a apresentação da pesquisa por parte dos seus pesquisadores, Maria José Arthur (em nome de Conceição Osório), Ana Loforte e Sérgio Vilanculo. A pesquisa foi comentada por Catarina Casimiro Trindade, consultora para a área de género e feminismo. O evento contou ainda com a apresentação de um vídeo e de momentos culturais e artísticos.

Confira o vídeo do lançamento da pesquisa aqui: https://fb.watch/61H6503qzt/

Confira o relatório de pesquisa completo aqui

.

.

Convite do lançamento

.

.

OPHENTA REALIZA FEIRA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA EM NAMPULA

No âmbito do programa ALIADAS, financiado pela embaixada do Canadá, em colaboração com organizações internacionais e nacionais parceiras, a OPHENTA realizou nos dias 4 e 5 de Junho, na tenda gigante do Sunlight em Nampula, a primeira feira de economia solidária. Sob o lema “Para sustentabilidade da vida humana e bem-estar colectivo”, a feira teve como objectivo visibilizar a produção e experiências das mulheres e raparigas numa perspectiva do seu empoderamento económico, assim como o seu contributo para a economia local e nacional.

Participaram do evento pouco mais de 30 expositoras, entre elas mulheres empreendedoras e organizações da sociedade civil que mostraram ao público produtos e serviços criativos de várias categorias, como saúde, activismo (direitos humanos das mulheres e direito à saúde sexual e reprodutiva), artesanato, panificação, reciclagem, vestuário, confecção, produtos agrícolas, entre outros.

A feira, de cariz solidário, visou também angariar donativos para apoiar as mulheres e raparigas deslocadas de Cabo Delgado.


Produtos que estarão expostos e à venda durante a feira

Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image


PRIMEIRO DIA

A abertura do evento foi feita pela Directora Provincial de Género, Criança e Acção Social, Albertina Ussene, que afirmou que a sua instituição está aberta para tratar assuntos ligados a mulheres e raparigas e que todas as mulheres devem caminhar juntas rumo ao empoderamento delas mesmas.

O primeiro dia da feira foi marcado por momentos de venda, networking, doações, cânticos, batucada feminista, música ao som da Dj Vicky e muito mais e contou com mais de 250 visitantes, entre mulheres, homens, raparigas e rapazes.


SEGUNDO DIA

A feira encerrou em grande estilo, tendo sido visitada por mais de 500 pessoas de diferentes faixas etárias, sem distinção de sexo. Num breve balanço feito pelas 36 mulheres expositoras, estas manifestaram a sua satisfação pela iniciativa e apelaram para que a Ophenta realize eventos do género com mais frequência, pois os mesmos empoderam e unem as mulheres para o bem-estar colectivo.

Esta foi a primeira feira de economia solidária feminista a ser realizada em Nampula, com o objectivo de destacar o papel  produtivo das mulheres e também arrecadar donativos para ajudar mulheres e raparigas deslocadas de Cabo Delgado.

#ophenta
#Aliadas
#feirasolidaria
#2021year

.

.

ACONTECEU ESTE MÊS! MÊS DA MULHER (ABRIL)

Para assinalar o Mês da Mulher, celebrado entre os dias 8 de Março (Dia Internacional da Mulher) e o 7 de Abril (Dia da Mulher Moçambicana), organizações e colectivos de mulheres, assim como outros actores, organizaram uma série de campanhas, actividades e reflexões de forma a lançar luz sobre os problemas que as mulheres (ainda) enfrentam. Este ano, o lema do 8 de Março escolhido pelas Nações Unidas (e acolhido pelas organizações e colectivos de mulheres) foi “As mulheres na liderança: Alcançar um futuro igualitário num mundo de COVID-19”.

Sob iniciativa das Mulheres Jovens Líderes de Moçambique, várias organizações de mulheres posicionaram-se em relação ao 7 de Abril, decidindo não haver motivos para comemorar esta data enquanto a população de Cabo Delgado continua à mercê de um conflito cada vez mais violento. #SemMotivosParaComemorar, de luto, chorando por Cabo Delgado!

Confere abaixo os vários posicionamentos, reflexões, campanhas e actividades desenvolvidas ao longo do mês pelas organizações e colectivos de mulheres.

<<
Lê, aqui, os comunicados de algumas organizações e colectivos de mulheres alusivos ao Mês da Mulher.

>>
Confere, aqui, as actividades realizadas por algumas organizações e colectivos de mulheres no âmbito do Mês da Mulher.

Marcando o Mês da Mulher, a MUVA lançou a campanha Digital Gap. Para saberes mais sobre esta campanha, clica aqui

Como parte da campanha alusiva ao mês da mulher, a MUVA organizou um debate sobre os impactos do COVID-19 no contexto do digital gap existente. Acompanha, aqui, a live do debate com convidadas de Moçambique e do Brasil. Veja aqui na plataforma.


<<
Lê, aqui, os 12 motivos para não se celebrar o 7 de Abril, elaborados pelas Mulheres Jovens Líderes de Moçambique


>>
Confere, aqui, os webinars realizados pelo ICEF e a Freestyle, inspirados nos temas e áreas de actuação das organizações e grupos que fazem parte do Mulheres ComVida

ORGANIZAÇÕES E COLECTIVOS DE MULHERES REALIZAM ACÇÕES NO AMBITO DO MÊS DA MULHER

No âmbito das comemorações do Mês da Mulher, várias organizações e colectivos de mulheres organizaram uma série de acções, em diferentes regiões do país. Esta foi a sua agenda:


GMPIS

No âmbito das comemorações do 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, o GMPIS organizou uma série de acções que decorreram de 2 a 8 de Março, em diferentes regiões onde o Grupo está presente. Esta foi a sua agenda:

CANHANDULA: Antónia, Isabel e Calima
Tema: Mudanças climáticas, Covid – 19 e visita a campa de mamã Joana – dia 02 de Março de 2021;

NHANGAU: Luísa e Benedita
Tema: Como lidar com mulher e rapariga com deficiência no tempo da epidemia de Covid-19 e Ciclones – dia 04 de Março de 2021;

DONDO: Bezura e Dulce
Tema: Terras, Ciclone Eloise e Covid-19 – dia 03 de Março de 2021;

MUAVE: Fátima e Zefa Sidumo
Tema: Empoderamento económico no tempo de Covid-19 – dia 05 de Março de 2021;

MARROCANHE: Linda e Josefina
Tema: Saúde sexual reprodutiva e gravidez precoce no tempo de Covid-19 – dia 06 de Março de 2021;

MUNHAVA: Angelina e Mariana
Tema: Divulgação das mensagens sobre Covid-19 – dia 07 de Março de 2021;

MANGA:
Maria Sebastião e Cesaltina
Tema: Prevenção de HIV/SIDA no tempo de epidemia – dia 02 de Março de 2021;

ANZATHU: Inês e Fátima da Munhava
Tema: Comunicação interpessoal no tempo de Covid-19 – dia 03 de Março de 2021;

ADS: Cecília e Rita
Tema: Direitos humanos das mulheres no tempo de Covid-19 – dia 04 de Março de 2021;

KULIMA: Antônia e Luísa
Tema: Justiça em tempo de Covid-19 – dia 05 de Março de 2021


Dia 08 – encerramento, com uma actividade em que cada grupo vai realizar um debate sobre o porquê da exististência do 8 de Março e o que significa e violência baseada no género. Este tema será para todas, inclusive nos distritos.

A primeira acção realizou-se em Dondo, numa oficina onde as mulheres falaram sobre o significado e a importância do Dia Internacional da Mulher, das primeiras activistas que se sacrificaram com a suas vidas e todas as que dão continuidade à defesa dos direitos das mulheres e raparigas. Debateram também sobre Feminismo e a Posse de Terra para Mulheres. Outra acção foi a limpeza da campa e a homenagem da sua falecida companheira Mamã Joana. Ao exemplo dela, seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!

Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image


ASCHA

No âmbito da celebração do Mês da Mulher, a ASCHA promoveu várias actividades, nomeadamente debates, oficinas de hipertexto, sessões de mentoria, formações, campanhas de consciencialização e educação comunitária e uma campanha virtual de homenagem às mulheres. Realizou, ainda, uma campanha virtual de mensagens de repúdio à violência baseada no género, com enfoque na violência sexual, com o objectivo de discutir as desigualdades sociais, discriminações e violências psicológicas, físicas, morais e sexuais sofridas pelas raparigas, mulheres jovens e mulheres, tendo em vista a construção de uma sociedade consciente, empática, empoderada, com espírito de sororidade, de igualdade de género e livre de VBG.

Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image



As actividades foram desenvolvidas na cidade de Maputo e província de Gaza (Xai-Xai e Chongoene). Em Maputo, as acções foram financiadas pelo Programa Aliadas e em Gaza pela ONU Mulheres através da iniciativa Spotlight.

Confira, abaixo, o vídeo resumo das actividades desenvolvidas pela ASCHA:


[Link: https://www.facebook.com/aschamz/posts/2858891877665610]


HIXIKANWE

Palma também é Moçambique! No Dia da Mulher Moçambicana, as mulheres da Hixikanwe reuniram-se para reflectir sobre as mulheres de Cabo Delgado, que se encontram em situação de guerra. Falou-se sobre a violência que elas sofrem e do tratamento antiretroviral que não estão a aderir porque não podem ir ao hospital. Confira, abaixo, algumas fotos do encontro:


LEMUSICA

A Lemusica, sediada em Chimoio, aderiu à campanha iniciada pelas Mulheres Jovens Líderes de Moçambique, de não haver motivos para se comemorar o 7 de Abril enquanto choramos por Cabo Delgado, organizando uma acção de rua e mostrando a sua solidariedade. Confira as fotos abaixo:

Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image

.

Confere, abaixo, mais fotos e vídeos das acções desenvolvidas pelas várias organizações e colectivos de mulheres, no âmbito do Mês da Mulher:

.

.

COMUNICADOS DE ORGANIZAÇÕES DE MULHERES ALUSIVOS AO MÊS DA MULHER

Confere, abaixo, os comunicados publicados por algumas organizações de mulheres, alusivos ao Mês da Mulher, celebrado entre os dias 8 de Março (Dia Internacional da Mulher) e o 7 de Abril (Dia da Mulher Moçambicana:

ASCHA

Celebra-se, hoje, 08 de Março, Dia Internacional da Mulher. instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) no ano de 1975, para celebrar conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres ao longo dos anos e reflectir em torno dos desafios que as mesmas continuam a enfrentar.

Este ano, o Dia Internacional da Mulher é celebrado sob lema “Mulheres na Liderança: Contribuindo para um Futuro de Igualdade num Mundo com a Covid-19”.

O Dia Internacional das Mulheres é entendido como um período de análise e gestão consciente de todas as lutas que travaram e conquistas que alcançaram para o estágio de igualdade de género e actual estágio dos direitos humanos das mulheres e raparigas.

Que este período seja de reflexão em torno dos desafios que as mulheres ainda enfrentam, como as desigualdades sociais, acesso à educação, participação política violência baseada no género, abusos sexuais, de modo a construir uma sociedade mais consciente, empática e livre de violência

#celebracaododia08demarco

#diainternacionaldamulher

#mesdamulher

#empoderamentofeminino

#mulheresnalideranca

#celebracaododia08demarco 

#ONUMulheres

#ProgramaAliadas

#geracaoigualdade

#ASCHA


ROSC

Assinala-se outro mês de comemoração da Mulher, agora celebrando o Dia da Mulher Moçambicana em virtude da recordação do aniversário da morte de Josina Machel mulher moçambicana, combatente da liberdade e heroína nacional.

Neste dia especial, a nossa consciência não nos permite qualquer celebração. Estamos aos prantos, …. Quando verificamos o triste cenário que as crianças, raparigas e mulheres moçambicanas vivem em virtude dos ataques armados que destroem a esperança de um futuro brioso nesta pátria de heroínas.

O que celebramos afinal?

Quando as capulanas da minha mãe já não servem para cobrir e embelezar o seu corpo mas sim para limpar lágrimas de dor e de tristeza pela destruição da sua casa, de escolas, de machambas e morte de pessoas amadas.

Quando as capulanas coloridas ganham apenas a cor de sangue e servem para tapar a nudez da desgraça vivida por nós crianças, raparigas e mulheres de Cabo Delgado.

Quando o brilho no olhar das nossas mães é de desespero por falta de comida e abrigo. Quando no lugar da esperança assistimos impávidos o desespero, a agonia alastrando-se de forma vertiginosa entre as pessoas que amamos, respeitamos, admiramos. Nossa comunidade destruída, estamos com medo!

São gritos de socorro que vem de todos lados, são charcos de lágrimas que inundam as nossas almas cheias de dor quando precocemente contemplamos cenários de destruição, de morte de outras crianças e das pessoas que nos protegem. não compreendemos o que está a acontecer?

Queremos, protecção, abrigo, amparo. Socorro!

Esta impotência afecta-nos em todos os sentidos.

Queremos respostas. Acções, Liberdade, Segurança, Paz!

Queremos o fim da Guerra em Cabo Delgado!


MULHERES JOVENS LÍDERES DE MOÇAMBIQUE

O que acontece quando as mulheres se unem???

Transformamos o dia da mulher num dia verdadeiramente de activismo e luta que uniu todo o país, as 11 províncias, mulheres e homens de diferentes etnias, gerações, credos, raças e convicções, nas organizações e fora delas, nos distritos e capitais! Viraliizou, impactou e, a bem ou a mal, ficou na língua da maioria. Ninguém disse que a luta seria fácil!

Aliás, nenhuma foi ganha numa batalha só mas numa pressão de apenas 48 horas conseguimos que:

1. Pela primeira vez o Presidente Nyusi se dedicasse a prestar contas sobre Cabo Delgado – todo o seu discurso do dia da Mulher foi sobre o terrorismo em Cabo Delgado, sobre as mulheres em luto. Exigimos mais, esperamos acção;

2. A generalidade das intervenções na praça dos heróis na capital e nas cerimónias provinciais mencionaram directa ou indirectamente #semotivosparacelebrar;

3. A maioria dos órgãos de comunicação social nas 11 províncias deu destaque a campanha #mulheresemluto e em muitos programas o dress code era mesmo preto;

4. Muitas praças estiveram vazias comparativamente a anos anteriores incluindo ano passado com o início do estado de emergência;

5. Centenas de vídeos, quase milhares de fotos e mensagens que nos foram enviados de todas as províncias e levaremos uma eternidade para acabar de publicar nesta página.

A nossa solidariedade ainda é uma gota de água no oceano mas o que seria do oceano sem cada gota de água. A solidariedade se resume na consciência de que a segurança é algum lugar ameaça a segurança em qualquer outro lugar.

Muito obrigada! Não conseguiríamos isso sem você. 

Imaginem o que podemos conseguir em mais tempo?

Que tal, aquela tua capulana de ontem, já podemos enviar para as manas que perderam tudo em Cabo Delgado?

#ALutaContinua
#CaboDelgado
#Moçambique
#pazeseguranca
#mulhereslideres
#jovenslideres


SABER NASCER

Hoje celebra-se o dia da Mulher Moçambicana, e está data é marcada pela pandemia da COVID-19, e principalmente pela guerra armada que se registra em Cabo Delgado.

A pandemia da COVID-19 trouxe desemprego e perda de fontes de rendimento, para as famílias lideradas por mulheres, aumentando a vulnerabilidade econômica das mulheres e raparigas. Assim com registou se aumento de violência contra as mulheres e raparigas na esfera doméstica, nos espaços públicos e obstétricas e este motivo faz nos afirmar que não há motivos de celebração este ano.

Desde 2017 que o país registra ataques na zona norte, exatamente em Cabo Delgado, onde os mesmo ja tiraram a vida e sossego de várias famílias. O sangue derramado naquela zona do país, fez com que várias cidadãs e cidadãos saíssem das suas zonas de origem em busca de segurança. As mulheres e raparigas servem como moeda de troca para alimentação, assim como objectos sexuais para os malfeitores.

As mulheres são vítimas de vários tipos de violência naquele ponto do país, e não obstante são abandonadas a própria sorte. Em meados do ano passado o país e mundo acompanharam vídeos da tortura de uma mulher grávida, que foi torturada e por fim assassinada à tiros por homens armados.

As mulheres e o povo no geral são privados do acesso aos serviços de saúde a tempo integrado, as gestantes são retiradas o direito do pré natal, os partos são feitos nas matas e ou em condições desumanas, crianças não beneficiam das consultas de controle e vacinação por conta da guerra.

Vídeo da funcionária do hotel Amarula que foi decaptada a sangue frio na passada semana, só mostram o quão o assunto é serio e deve ser tomada como agenda principal do Governo. Estes são alguns dos muitos casos reais de como está a realidade das mulheres em Cabo Delgado, e de salientar que existem tantos outros que as câmeras não filmam, e ficam invisíveis.

Os sequestros de raparigas e mulheres, os casamentos prematuros e tantas outras barbaridades cometidas, fazem com que nós Mulheres não celebremos esta data, mas sim em sororidade e solidariedade nos unimos para exigir respostas e paz imediata para Cabo Delgado e todo Moçambique.

#semotivosparacelebrar


WVL ALIADAS

O dia 8 de Março é o resultado de uma série de fatos, lutas e reivindicações das mulheres por melhores condições de trabalho e direitos sociais e políticos.



Este dia pretende celebrar os direitos que as mulheres conquistaram até agora, mas também relembrar que ainda há muito por fazer. Causas como o direito ao voto, igualdade salarial, maior representação em cargos de liderança, à protecção em situações de violência física ou psicológica, ou ainda o acesso à educação continua actuais, pois em vários pontos do globo, as mulheres não têm esses direitos garantidos.

O tema deste ano é “As mulheres na liderança: Alcançar um futuro igualitário num mundo de COVID-19”. Assim, destaca-se o papel das mulheres no combate de um dos maiores desafios actuais para a Humanidade.

#mulheresnaliderança #igualdadedegenero #empoderamento #inclusao #participacao


FÓRUM MULHER

8 de Março Dia Internacional Da Mulher

Neste 8 de Março, celebremos o movimento feminista e as nossas conquistas, reafirmando o espaço político do feminismo nas nossas vidas.

Celebremos o 8 de Março como sinal de luta permanente contra as estruturas de opressões que reproduzem as desigualdades.

Celebremos em homenagem às mulheres vítimas dos conflitos armados, afectadas pelos ciclones e pela pandemia da Covid-19.

Celebremos com indignação e revolta contra a expropriação do corpo das mulheres como objecto de prazer sexual, força de trabalho e procriação.

Celebremos o 8 de Março desmacarando as artimanhas do patriarcado para nos dividir entre o espaço público e privado, entre elas e as outras, entre as especialistas e activistas.

Celebremos o 8 de Março despojando-nos das amarras do capitalismo que permeia as desigualdades na nossa sociedade e reproduz a pobreza aumentando a precariedade das famílias e tornando as mulheres mais dependentes.

Celebremos ad mulheres ba sua adversidade de crenças, escolhas partidárias, profissionais e identidade de género.

Celebremos as mulheres da Paz, sem filhos de guerra.

Celebremos úteros autônomos e livres! Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!

#ALutaContinua

#ResistimosParaViverEMarchamosParaTransformar

GMPIS REALIZA UMA SÉRIE DE ACÇÕES NO ÂMBITO DO 8 DE MARÇO, DIA INTERNACIONAL DA MULHER

No âmbito das comemorações do 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, o GMPIS organizou uma série de acções a decorrerem de 2 a 8 de Março, em diferentes regiões onde o Grupo está presente. Esta foi a sua agenda:

CANHANDULA: Antónia, Isabel e Calima
Tema: Mudanças climáticas, Covid – 19 e visita a campa de mamã Joana – dia 02 de Março de 2021;

NHANGAU: Luísa e Benedita
Tema: Como lidar com mulher e rapariga com deficiência no tempo da epidemia de Covid-19 e Ciclones – dia 04 de Março de 2021;

DONDO: Bezura e Dulce
Tema: Terras, Ciclone Eloise e Covid-19 – dia 03 de Março de 2021;

MUAVE: Fátima e Zefa Sidumo
Tema: Empoderamento económico no tempo de Covid-19 – dia 05 de Março de 2021;

MARROCANHE: Linda e Josefina
Tema: Saúde sexual reprodutiva e gravidez precoce no tempo de Covid-19 – dia 06 de Março de 2021;

MUNHAVA: Angelina e Mariana
Tema: Divulgação das mensagens sobre Covid-19 – dia 07 de Março de 2021;

MANGA:  Maria Sebastião e Cesaltina
Tema: Prevenção de HIV/SIDA no tempo de epidemia – dia 02 de Março de 2021;

ANZATHU: Inês e Fátima da Munhava
Tema: Comunicação interpessoal no tempo de Covid-19 – dia 03 de Março de 2021;

ADS: Cecília e Rita
Tema: Direitos humanos das mulheres no tempo de Covid-19 – dia 04 de Março de 2021;

KULIMA: Antônia e Luísa
Tema: Justiça em tempo de Covid-19 – dia 05 de Março de 2021

Dia 08 – encerramento, com uma actividade em que cada grupo vai realizar um debate sobre o porquê da exististência do 8 de Março e o que significa e violência baseada no género. Este tema será para todas, inclusive nos distritos.

A primeira acção realizou-se em Dondo, numa oficina onde as mulheres falaram sobre o significado e a importância do Dia Internacional da Mulher, das primeiras activistas que se sacrificaram com a suas vidas e todas as que dão continuidade à defesa dos direitos das mulheres e raparigas. Debateram também sobre Feminismo e a Posse de Terra para Mulheres. Outra acção foi a limpeza da campa e a homenagem da sua falecida companheira Mamã Joana. Ao exemplo dela, seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!

Confira as fotos das diversas actividades realizadas:

GMPIS PARTICIPA NO FÓRUM SOCIAL MUNDIAL 2021

Entre os dias 23 e 31 de Janeiro de 2021 realizou-se, de forma totalmente virtual, o 20º Fórum Social Mundial. Este é um encontro anual internacional articulado por movimentos sociais, ONGs e pela sociedade civil para discutir e lutar contra o neoliberalismo, o imperialismo e, sobretudo, contra desigualdades sociais provocadas pela globalização. É caracterizado por ser não governamental e apartidário, apesar de alguns partidos e correntes partidárias participarem activamente dos debates e discussões.

A activista social e conselheira do GMPIS Carlota Inhamussoa representou Moçambique participando, no dia 28, do workshop intitulado Feminismos e dissidências sexuais no FSM: 20 anos caminhando entre avanços, nós e resistências. Uma chamada para pensar em um Fórum mais justo e inclusivo, promovido pelas organizações DAWN (Development Alternatives With Women for a New Era), AWID (Association for Women’s Rights in Development), AFM (Associação Feminista Mercosur), REPEM (Red de Educación Popular entre Mujeres), REAS (Red de Econonías Alternativa y Solidaria), SOS Corpo, entre outras.

Na sua apresentação, Carlota começou por descrever o GMPIS como um espaço aberto de debate de temas da vida quotidiana das mulheres, que se constitui como uma rede que envolve várias organizações de mulheres de base comunitária e activistas individuais. A sua missão passa pela acção para a transformação das relações de género e por trazer ao público as vozes das mulheres, assim como realizar acções de advocacia para alcance dos seus direitos.

A força do GMPIS, explicou Carlota, reside no fortalecimento da solidariedade entre mulheres e isso é feito através de debates em oficinas, onde se discutem os temas que constituem os problemas que limitam os direitos das mulheres, e na realização de acampamentos solidários, onde as mulheres trocam experiências de luta, reforçam as conexões das agendas de lutas e advocacia e traçam alternativas de superação e autonomia financeira (empoderamento económico).

Um dos temas mais actuais e preocupantes, não só para o GMPIS, mas para vários outros colectivos de mulheres, é o do militarismo. O GMPIS, como organização feminista, intervém através do tema MULHERES, PAZ E SEGURANCA. Contextualizando o histórico de conflitos políticos armados no país desde os primeiros anos de independência até ao mais recente conflito na província de Cabo Delgado, Carlota descreveu quais as acções que o Grupo desenvolve de forma a mitigar algumas das consequências destes conflitos nas mulheres, um dos grupos mais afectados.

Como mulheres, o Grupo tem fomentado a solidariedade para com as mulheres e raparigas que estão a perder os seus direitos de viver na terra onde nasceram, onde cultivam a terra e ganham a sua sobrevivência, sendo violentadas por uma guerra sem explicação. O que indigna o GMPIS é que, onde acontece esta guerra, onde as mulheres e as suas famílias são obrigadas a fugir, estão as empresas capitalistas, que exploraram os recursos naturais, empresas essas a quem a segurança nunca falta. As mineradoras continuam a funcionar, mas para as mulheres e para as suas famílias parece haver uma ausência de segurança.

Como forma de se solidarizar com as mulheres vítimas deste conflito, o GMPIS tem realizado acções de fortalecimento de competências sobre os direitos das mulheres em tempos de guerra, de ajuda na recuperação da autonomia financeira e de criação de sinergias para apoio psicossocial. Estão, também, a construir agendas para advogar sobre os direitos das mulheres em situações de conflitos armados, baseadas na resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas e do Plano Nacional Mulheres, Paz e Segurança de Moçambique (2018-2022).

Para além disso, o GMPIS realiza oficinas de debates para alcance de conhecimento sobre os direitos e oportunidades das mulheres e acampamentos solidários, como parte do movimento da Marcha Mundial das Mulheres. Estes são espaços que as mulheres organizam para fortalecer os laços de solidariedade e de alianças para resistências, advocacia e construção de alternativas. São uma auto-organização das mulheres e possuem princípios que os regem, nomeadamente serem realizados num espaço da comunidade, não usar hotéis (as mulheres dormem juntas em tendas ou alojamento solidário), não usam catering (cozinham de forma tradicional) e as mulheres comparticipam a sua participação, por exemplo em viagens.

Campanha dos 16 dias de Activismo Contra a Violência de Género

(25 de Novembro – 10 de Dezembro)

Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image

Arrancou dia 25 de Novembro a Campanha de 16 dias de Activismo contra a Violência Baseada no Género de 2020, que visa aumentar os esforços para amplificar as vozes das mulheres trabalhadoras na economia informal. Em Moçambique, assim como em todo o mundo, a pandemia do COVID-19 trouxe consigo novas tensões que criaram dificuldades acrescidas às mulheres deste sector.

#16Dias

#ACovidNaoNosDivide

#AllWorkMatters

Slider image
Slider image
Slider image
Slider image

A pandemia do novo coronavírus tem afectado fortemente o sector informal onde, justamente, um grande número de mulheres encontra a sua forma de rendimento e sustento. Nestes #16diasdeativismo, vamos chamar a atenção para o respeito, cuidado e protecção que o sector informal precisa e merece.

#allworkmatters

#nomoremissingrights

#trabalhoinformaltambemetrabalho

#16dias

Slider image
Slider image
Slider image
Slider image

As Mukheristas são um dos grupos económicos tradicionalmente mais vulneráveis e expostos a situações de violência, assédio ou abuso. A pandemia deste ano trouxe desafios ainda maiores. Felizmente, estas são mulheres criativas, resilientes e inovadoras que, de uma forma ou de outra, continuam a superar obstáculos e a avançar com os seus negócios.

E tu, também acreditas que todo o trabalho merece respeito?

#ACovidNaoNosDivide

#16diasdeativismo

#16dias

#allworkmatters

#nomoremissingrights

#16days #orangetheworld

Slider image
Slider image
Slider image
Slider image

Encerramos a campanha falando do sector da educacão e de como as mulheres que nele trabalham, principalmente educadoras de infância, têm sido fortemente afectadas pela pandemia.

Que as reflexões, experiências e histórias partilhadas ao longo destes #16dias sirvam de inspiracão e aprendizagem para percebermos que, em vários sectores, são ainda muitas as mulheres sujeitas a assédio, abuso ou violência.

E isto tem que parar!

Respeito, direitos e oportunidades para tod@s!

#NoMoreMissingRights

#acovidnaonosdivide

#AllWorkMatters

#orangetheworld

#16diasdeativismo

#16days

DÁ INÍCIO A CAMPANHA DE 16 DIAS DE ACTIVISMO CONTRA A VIOLÊNCIA BASEADA NO GÉNERO DE 2020

Arranca esta Quarta-Feira a Campanha 16 dias de Activismo contra a Violência Baseada em Género de 2020, que visa aumentar os esforços para amplificar as vozes das mulheres trabalhadoras na economia informal. Em Moçambique, assim como em todo o mundo, a pandemia da COVID-19 trouxe consigo novas tensões que criaram dificuldades acrescidas às mulheres deste sector. MUVA, WVL Aliadas e parceiras convidam a tod@s para debater com Graça Samo, Erica Paiva e Jennifer Lhate. Junta-te a nós, esta Quarta-Feira, às 14h numa conversa live online, no Facebook MUVA e Youtube (MUVA Moz). Esperamos por ti!

#16Dias

#ACovidNaoNosDivide

#AllWorkMatters



>> Campanha 16 dias de Activismo (pdf)

Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Slider image
Women’s Voice and Leadership ALIADAS ( WVL - ALIADAS)
Av. Julius Nyerere, N.º 258 Maputo, Moçambique      CP 4669

(+258) 21 48 75 52 (+258) 21 48 75 65

(+258) 84 51 08 505 (+258) 82 47 08 431

e-mail: info@aliadas.org


www.aliadas.org
PT_MOZ
EN PT_MOZ